Secretaria de Saúde atualiza número de óbitos pela dengue em investigações e confirma morte de uma criança
A Secretaria Municipal de Saúde informa que atualmente quatro óbitos de residentes em Pará de Minas estão em investigações para arboviroses. O óbito registrado em 16 de abril não está incluído nesta contagem, neste momento, em virtude do fluxo determinado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde para investigações desses casos.
O processo de investigação é montado pela Vigilância Epidemiológica do Município, a partir da anexação da Declaração e Óbito, da Ficha de Notificação SINAN e dos formulários de investigação ambulatorial, hospitalar e entrevista domiciliar devidamente preenchidos.
É importante ressaltar que a entrevista domiciliar seja iniciada a partir de 15 dias após o óbito, em respeito ao luto da família. Passado esse prazo, toda a documentação é encaminhada à Superintendência Regional de Saúde.
O resultado da análise é emitido pelo Comitê de Investigação de Óbito Regional/ Estadual, por ofício. Somente este Comitê pode confirmar e/ou descartar se o óbito foi por dengue ou chikungunya.
“Todo mundo sabe quais são os hábitos simples que a gente que ter para evitar a dengue e muitas vezes não acontece até por um relaxamento da própria sociedade. Existem óbitos em relação a isso, Minas Gerais tinha até o dia 15 de abril mais de um milhão e trezentos mil casos notificados prováveis de dengue sendo que desse total quatrocentos e trinta e quatro mil trezentos e setenta e oito foram confirmados para a doença, em Pará de Minas temos quatro óbitos em investigações para dengue, ainda foi confirmado, mas é algo que possa se confirmar. É um momento em que a gente trabalha em estado de alerta, a gente está envidando todos os esforços coletivos da equipe profissional tanto da atenção no ponto de interseção que é do agente de combate a endemias quanto da equipe técnica de cuidados mesmo pra receber esse paciente, pra fazer a triagem, pra fazer a hidratação, fazer o controle do hemograma, então estamos envidando todos os esforços pra garantir o acesso, mas a gente precisa contar com a colaboração de todos”, ressaltou o Secretário de Saúde Wagner Magesty.
Questionado sobre o óbito de uma criança de 11 anos na UPA Pediátrica e o processo de investigação de sua causa o Secretaria Municipal de Saúde de Pará de Minas confirmou o falecimento e explicou o que realmente acontece.
“Argumentado pela imprensa a respeito de um óbito de uma criança que ocorreu dentro da Unidade de Pronto Atendimento Pediátrico, nós tivemos sim, uma criança que chegou na unidade em choque cardiogênico, foi realizada manobra de expansão volêmica na primeira hora feita inclusive pela enfermeira chefe do serviço acompanhada pela Doutora Edvânia pediatra intensivista, nessa manobra a criança reagiu bem, estando lucida, falante, alegando passar, responsiva e após quinze minutos evoluiu para um quadro de PCR que é uma parada cardiorrespiratória, mais uma vez a Doutora Edvânia juntamente com a Doutora Carol levaram a criança pro equipamento respirador que nós temos pra urgência e emergência que nós temos dentro do serviço, foi feito a manobra de ressuscitação por uma hora e meia e a paciente não resistiu infelizmente. Esse óbito está declarado como dengue choque cardiogênico e existe uma hipótese diagnostico de edema pulmonar e miocardite que serão investigados. Importante ressaltar que todos esses óbitos eles são verificados, são acompanhados e auditados, são registrados no SINAN e acompanhados pelo Comitê de Óbitos da Secretaria Estadual de Saúde, isso deve acontecer nos próximos quinze dias para que a gente possa relatar esse fato”, explicou o Secretário de Saúde Wagner Magesty.
A Prefeitura de Pará de Minas tem realizado diversas ações de enfrentamento à epidemia de dengue. Além da abertura do Centro de Atendimento à Pacientes com Dengue, para agilizar a assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da doença, a Secretaria Municipal de Saúde ativou unidades sentinelas para o cuidado com a população.
Mutirões de limpeza e aplicação de inseticidas estão sendo realizados com o objetivo de eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti e ações educativas têm sido intensificadas em escolas e empresas, no intuito de conscientizar a população sobre a importância da adesão de todos na luta contra as arboviroses.
As visitas domiciliares realizadas por Agentes de Combates a Endemias são realizadas até mesmo em horários flexibilizados para atingir o máximo de residências. Nada que está sendo feito vai surtir efeito se a população não conscientizar que ele precisa entrar nesta guerra contra o mosquito.
