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Consumidores reclamam do mau uso do óleo em algumas lanchonetes

Cidades 20/05/2024/ 20:38:10
Consumidores reclamam do mau uso do óleo em algumas lanchonetes

Embora diversas cidades brasileiras já tenham legislações específicas para o descarte correto do óleo de fritura usado nas cozinhas dos restaurantes e nas frituras de salgados nas lanchonetes, não há um tempo exato estabelecido para a troca. No entanto, é preciso ficar atento a algumas características que indicam que o produto “passou do ponto” e não pode ser mais utilizado.

Isso porque o óleo usado mais do que o recomendado gera compostos que o transforma em uma substância perigosa para o consumo humano. Não à toa, a legislação aplica multas pesadas que podem passar de R$ 6 mil e fechamento do estabelecimento.

Também é um sinal de que o óleo já venceu quando começa a produzir uma fumaça escura e cheiro forte fora do normal, redução do poder de fritura e, consequentemente, características na própria aparência do alimento. Entre elas uma cor escura ou aparência de murcha.

Nossa redação tem recebido diversas reclamações de alguns restaurantes e lanchonetes de Pará de Minas que estão utilizando o óleo mais do que o recomendado colocando em risco a saúde do consumidor. A demanda foi encaminhada ao setor de fiscalização da Vigilância em Saúde. 

A informação é que as equipes da Vigilância em Saúde do município costumam ser acionadas para fiscalização após denúncias feitas aos serviços municipais de atendimento – geralmente no 3231-7722. O agente técnico vai até o local para averiguar as reais condições do material que está sendo utilizado.

Uma vez lá, o especialista analisa a quantidade de óleo, a aparência e há quanto tempo não é trocado. Os estabelecimentos precisam apresentar, antes de tudo, a licença para operar. A Vigilância em Saúde de Pará de Minas emitiu uma nota sobre o assunto dizendo o seguinte:

“As lanchonetes e os restaurantes são estabelecimentos de interesse à saúde que estão sob responsabilidade de um setor da Vigilância em Saúde que é a Vigilância Sanitária. Pra que a gente possa averiguar essa situação, para que o fiscal possa adentrar além da rotina dele que é a de liberação de alvará é necessário que a população abra uma denúncia, não precisa se identificar, ela pode ser anônima, abra uma denúncia junto à Vigilância Sanitária dando endereço, o local onde acharam que pode ter alguma irregularidade e aí o fiscal vai até o local verificar se a denúncia efetuada tem alguma procedência e aí aplicar as multas cabíveis”.

Todo óleo usado mais do que o recomendado precisa ser descartado corretamente, e há legislações específicas para a correta destinação do produto – também gerando multas e até interdição do espaço. Algumas cidades brasileiras estabelecem que este serviço deve ser realizado gratuitamente por empresas especializadas.

Outro ponto de atenção é quanto ao armazenamento do óleo utilizado antes de ir para o descarte. Neste caso, a Vigilância Sanitária também verifica as condições em que o produto está sendo guardado no estabelecimento.

O óleo de soja, por exemplo, causa um dano ambiental grave se vazar para o exterior e, ainda mais, para a rede coletora de água. Um litro pode contaminar 25 mil litros de água. Denúncias devem ser feitas com o nome dos estabelecimentos que estão usando o óleo de fritura mais do que o recomendado na Vigilância em Saúde de Pará de Minas pelo telefone (37) 3231-7722.

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